“Chegou a hora de tomar a frente nessa luta”, diz pai da menina Beatriz
- Edenevaldo Alves
- 16 de fev. de 2016
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O professor Sandro, pai da menina Beatriz Angélica, esteve presente na manifestação que ocorreu na noite desta quinta – feira (11), na Praça da Catedral, em Petrolina. Romilton explicou que se manteve afastado, juntamente com sua esposa, nos outros atos em busca de justiça, por ordens médicas, visto que a saúde estava abalada devido a forte emoção. Além disso, eles estavam reunindo forças para lutar no momento certo. “Não tínhamos condições de acompanhar as manifestações, as mobilizações nas redes sociais, mesmo com vontade de estar junto, de estar seguindo com os companheiros, pessoas que apareceram que a gente nem conhecia, com familiares. A gente foi, a princípio recomendado pelos nossos médicos. O nosso corpo não funcionava, a mente não funcionava, o organismo, o coração, muda os batimentos, pressão sobe. É desumano, o que eu passei foi desumano, fizeram comigo a pior coisa que podiam ter feito a um ser humano, mas depois que a gente viu as pessoas se movimentando, a gente acompanhava nas redes sociais, a gente se emocionava”, disse. Sandro contou que nos primeiros dias, após a morte da filha, eles haviam perdido as forças e a fé na humanidade. Que foi difícil encarar a vida depois de um crime bárbaro como esse. “A gente não conseguia andar nem com nossos próprios pés, não raciocinávamos, todos os sentimentos se misturavam: desespero, dor, ódio. Esse golpe foi fulminante, perder um filho é como perder a expectativa de continuar vivendo”, lamentou. Ele salientou que não foi fácil participar do movimento, mas que o carinho e a solidariedade das pessoas os ajudaram a se manterem firmes para enfrentar a realidade e clamar por justiça. “Foi reconfortante sentir o abraço da pessoas, recebemos as orações, as palavras de conforto, o apoio, só tenho que agradecer. Chegou a hora dos pais de Beatriz tomarem a frente nessa luta”. Sandro revelou que, mesmo afastados das manifestações, os familiares mantinham contato direto com os investigadores e policiais envolvidos no caso e que possuem convicção de que o caso será solucionado em breve. A família reforça que as pessoas continuem orando e enviando energias positivas, pois “quando a oração vem do justo, se tem resposta”, finaliza.

Fonte:Edenevaldo Alves
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